top of page
  • nathykaw

Plenitude

Atualizado: 13 de jul. de 2020

Na prática de Hatha Yoga temos três objetivos: a compreensão dos valores universais a fim de atingir a paz consigo mesmo, com as pessoas e com o mundo; a manutenção do corpo em plena saúde e equilíbrio físico/emocional; e, por fim a libertação (samadhi). Samadhi é o estado de não-identificação com a mente, com os pensamentos. O eu desaparece e se torna consciência pura, livre de si mesmo, do tempo e do espaço. É o resultado de uma trajetória consciente da prática de Yoga. É o êxtase espiritual, o ponto mais elevado a ser atingido na caminhada yogui visando a União com o Absoluto. A consciência é infinita, porém, a mente (manas), o intelecto (buddhi) e o ego (ahamkara) fazem com que ela pareça finita. No samadhi ocorre a realização da natureza infinita da consciência, libertando o praticante do aprisionamento de manas, buddhi e ahamkara.

Na prática de Yoga, desenvolvemos a sensibilidade, tomamos consciência de todas as partes de nosso corpo, de nossa mente, de nossas emoções. Encontramos a conexão com nosso ser interno, com nosso coração, aceitando a si mesmo e encontrando a paz, libertando-nos assim da ilusão do ego. Esta ilusão é a identificação pessoal com as emoções, pensamentos e corpo, fazendo com que a pessoa pense que é apenas isso, agindo de forma automática e inconsciente. Quando nos libertamos desta ilusão, desenvolvemos a autonomia individual e a desidentificação.


Agir conscientemente é estar plenamente atento e reconhecer suas emoções e pensamentos negativos no momento em que surgem, não se deixando levar por eles, não se identificando com eles. Permanecendo assim, com o controle sobre si mesmo e equilibrado. Este distanciamento de si mesmo é o autoconhecimento, é conseguir se observar e não se deixar identificar com as emoções e pensamentos.


Em nossa vida social, representamos diversos papéis, seja como mãe, pai, filho, por exemplo. Ao nos afastarmos de nós mesmos, desidentificamo-nos do corpo, destes papéis desempenhados, da mente e das emoções, reconhecemos a “consciência” do Ser dentro de si mesmo. Ao nos libertarmos do ego, não acontece o vazio, mas sim, a plenitude. (KUPFER, Pedro)

54 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page